12 julho, 2011

O domingo na FLIP

Eu não fiquei para o encerramento. Só vi a mesa com David Byrne e Eduardo Vasconcellos. Não foi uma mesa literária. Apesar do livro de David Byrne ser interessante, ele não falou sobre o livro, mas sobre transporte e vias urbanas, e bicicletas.

O tema me interessa e, bem, eu queria sim ver o David Byrne, mesmo que fosse sem cantar! Mas a mesa foi muito interessante, de verdade. Ambos trouxeram visões importantes (e assustadoras) sobre o futuro de nossos agrupamentos urbanos.

Só saber que o pior trânsito de SP é gerado quando apenas 15% da frota está nas ruas. Isso mesmo, o recorde de trânsito no final da tarde não é porque todo mundo saiu de carro...

De qualquer forma, tem um gostinho de final...

Se tudo correr bem, FLIP 2012, estarei lá.



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11 julho, 2011

Sábado de Sol e a Tenda dos Autores

O dia amanheceu ensolarado. E eu, tinha uma maratona de mesas para participar na FLIP, ou seja, passaria 80% do dia, dentro das tendas, sem ver o sol lá fora.

Não me incomodei. Os temas e autores do dia todo me interessavam, e só tenho essa oportunidade uma vez por ano.

Minhas impressões? Valeu a pena não ver o sábado de sol.

Começamos com John Freeman e Enrique Krauze editores das revistas Granta e Letras Libres, respectivamente. A mesa seguinte foi com Joe Sacco (atenção, sem gorrinho, irreconhecível!) e o jornalismo em quadrinhos. No meio da tarde, Marcelo Ferroni, Edney Silvestre e Teixeira Coelho falando sobre seus lançamentos de ficção com temas de "reconstrução".

João Ubaldo Ribeiro foi o ponto alto do dia. A oportunidade de poder ouvir um ícone da nossa literatura, é sempre imperdível.

A última, com James Ellroy, foi menos do que eu esperava. Claro que com todo respeito pela obra e genialidade dele (ou até por isso), achei que ele faz um personagem excêntrico demais, de forma que soou até construído, e não autêntico. Talvez ele seja assim...

Frases do dia:
Age of to much information
Todas as nossas ações são políticas.
As contradições da memória das pessoas sobre eventos em suas próprias vidas fazem parte da História
Todo relato (ficção, história ou jornalismo) são a visão de quem esta escrevendo, uma versão do fato.
Todo o drama na vida tem início no encontro de um homem com uma mulher.

E foi-se o sábado....

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10 julho, 2011

Terceiro dia e o início das saudades

Eu tenho um talento inato, o de sofrer por antecipação.

Tive um dia tão completo e na felicidade encontro a semente da tristeza de que mais um dia se foi, e outra FLIP, só no ano que vem..

Curtas FLIP

O Amor é Universal, e tanto quanto a antropofagia, nos une.
Para o romancista, o importante é o sentimento, não o fato.
A melhor fonte de informações históricas, para construir o romance, são cartas pessoais, não documentos históricos
Dizer que só podemos escrever sobre o que conhecemos é clichê, devemos escrever pelo assombro, sobre nossa ignorância.
O processo da escrita começa no sonho, é paixão e te toma por completo.
Os personagens têm vontade e vida próprias.
Escrever conforta, não é sofrimento.
Batizar o personagem é muito importante. Um nome errado pode destruir o personagem.
O autor está em todo e cada personagem.
Todo romance é ficção na saída e autobiográfico na chegada.
O autor procura uma intimidade única com o leitor.
O prazo é uma musa fantástica, em especial para a crônica.
A principal tarefa do autor é observar, mais do que escrever.
O livro abandona o autor quando pronto. A solidão do livro terminado é outra musa eficiente.

Minha visão do quanto ouvi na sexta feira, 08 de julho, de Ignácio de Loyola Brandão, Contardo Calligaris, Michael Sledge, Andrés Neuman e valter hugo mãe.

Meu mais profundo agradecimento a eles por com compartilharem seu processo de criação.

09 julho, 2011

Em tempo

Não me proponho a resenhar as mesas da Flip.

No site oficial http://flip.org.br e muitos outros especializados, encontramos isso.

Aqui, estou apenas descrevendo minhas experiências, minha visão muito particular.


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Ciência, Filosofia e Antropofagia (e poesia)

O segundo dia de FLIP, no que me diz respeito, foi intenso. Uma quinta feira muito fria, úmida, temperaturas que não se esperam no estado do Rio de Janeiro (ainda que apenas 22 km da divisa com São Paulo).

O início do dia foi com a mesa Lírica Critica. Dois poetas, Carol Ann Duffy e Paulo Henrique Brito leram poesias de sua autoria e discutiram brevemente sob a concepção e o ensino de poesia. Deleite puro.

Na seqüência, mergulhei um pouco mais no tema Antropofagia já que a Mesa 2 com Marcia Camargos e Gonzalo Aguilar, seguindo as homenagens a Oswald de Andrade, discutiram um pouco mais a vida e obra dele e o significado da semana de 22. Não me atreverei a discutir detalhes, pois eles são especialistas e o encontro foi muito rico.

Dois destaques: novamente o poder de síntese de Oswald de Andrade, a capacidade de entender o momento e traduzir em poucas palavras, reiterando minha inferência de que ele seria um ótimo twitteiro. E uma análise do Abaporu muito legal, demonstrando porque ele foi o símbolo do Manifesto Antropofágico.

A mesa da noite já foi em outro tom. Com a presença de Miguel Nicolelis e Luiz Pondé, cuja proposta era discutir "O Humano além do Humano", tarefa nada fácil e com toda a possibilidade de não dar certo...

Funcionou, do meu ponto de vista, principalmente na empolgante demonstração de Nicolelis de seus estudos de neurociência que permitem a libertação do cérebro das fronteiras físicas do corpo. Ele já tem sucesso em experimentos com macacos que movimentaram braços mecânicos, robôs e agora avatares totalmente virtuais a distância, somente com o pensamento. No fechamento de sua introduçã ele emociona-se e emociona o público, afirmando que em 3 anos esses estudos permitirão uma criança tetraplégica voltar a movimentar-se. Isso, ele pretende fazer aqui no Brasil.

Pondé entrou numa nota mais cética, filosoficamente pontuando que ciência e religião tratam da finitude do ser humano cada qual a sua forma, mas que a vida é pontuada por este medo do fim, e que precisamos conviver com isso. A nota contrapondo a fé na ciência que Nicolelis acabava de expor foi constante, e o tom, filosoficamente pessimista. Apesar dessa dissonância e em função da ótima mediação de Laura Greenhalgh, o tom foi cordial e amistoso, ainda que as exposições fossem opostas em conteúdo, forma e função.

A sensação final foi positiva, na verdade fomos alimentados por idéias, e ficando no tema da FLIP 2011, só nos resta devorar as informações e chegar a nossas próprias conclusões

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07 julho, 2011

Devoração e Mobilidade

A conferência de abertura da FLIP foi única na oportunidade de escutar Antonio Cândido que conviveu, foi amigo pessoal de Oswald de Andrade, e Wisnik, que viveu como aluno da Faculdade de Filosofia da USP exatamente no momento do renascimento de Oswald e sua obra.

O tom íntimo, lúcido e divertido de Antonio Cândido conquistou a platéia, e particularmente a esta que vos escreve, desde sua entrada triunfal: antes que Manuel Costa Pinto (que introduzia a mesa) terminasse de falar, o que fez com que os aplausos irrompessem "fora de hora", dando um tom divertido e característico, leve.

O depoimento de Antonio Cândido nos trouxe um Oswald de Andrade real, ácido, polêmico, mas essencialmente agregador. Ele insistiu no retrato do critico ferrenho das posições, mas eterno admirador das idéias. Me encantou essa visão da mobilidade, como pessoa inconstante em relação a opiniões (brigando e criticando pessoas que abraçaria em seguida, como o próprio Antonio Cândido) mas constante em relação as idéias dessas mesmas pessoas, com admiração e profundo respeito. Impulsivo e moderado, devorador.

E enquanto imaginávamos estar apenas escutando depoimentos pessoais, ele magistralmente cobriu a vida e obra de Oswald de Andrade. Primoroso.

Em seguida Wisnik, já com uma visão de quem viveu 1968 em toda sua "revolução" cultural resgatada da semana de 22, e trouxe sua versão político-cultural do que Oswald de Andrade representou no período, o quanto sua ótica inspirou e influenciou os artistas e estudantes da época, mostrando o quão avançado em seu tempo ele foi, de modo que uma releitura de suas idéias até os dias de hoje mostra preocupações e respostas atualissimas.

A antropofagia não propunha a devoração pela devoração, mas a assimilação da idéia do outro (outra pessoa, outra cultura, outro tipo de arte) e a tranformação dessa idéia em uma nova proposta, de forma a "deslocar" essa realidade.

Em seguida, show memorável com o próprio Wisnik, Celso Sim e Elza Soares.

Ótima maneira de iniciar esses dias mágicos.



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06 julho, 2011

Rumo à FLIP

Hoje é o dia da abertura da FLIP - Festa Literária Internacional de Paraty.
Estou a caminho.

Será minha terceira FLIP. Durante quatro dias, respiro a atmosfera dos meus sonhos, o mundo em que eu queria viver. Esses dias mesmo li uma frase dizendo que gastamos mais tempo na vida abafando nossos sonhos do que agindo para vive-los.

Nos próximos quatro dias, estarei vivendo meu sonho, ainda que de um ponto de vista um tanto o quanto "voyeuristico", ou platônico, mas estarei lá.

A FLIP tem uma atmosfera mágica (pelo menos para quem gosta de literatura), e Paraty contribui muito para isso, com seu jeitinho compacto de cidade antiga em que tudo se faz a pé, facilitando "encontros casuais" com autores que você só imaginaria ler, nunca ver. Quase me sinto transportada no tempo, como "Meia noite em Paris", a diferença é que os autores ainda estão vivos.

Para mim, é programa imperdível, anualmente.

Vou escrever aqui sobre minhas experiências por lá, na medida do possível.

Paraty

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30 junho, 2011

Meia noite em Paris

Antes de falar sobre este filme, que assisti ontem, devo confessar que não sou fã do trabalho de Woody Allen constantemente e/ou incondicionalmente. Na verdade, fui me acostumando com o estilo na medida em que eu ia amadurecendo, e para mim seus filmes serão sempre uma incógnita, vou ao cinema imaginando que posso amar ou odiar o filme.

Até porque, o estilo WA se repete sem ser repetitivo, e os filmes podem sempre ser surpresas.

A (ótima) surpresa do momento foi Meia Noite em Paris (Midnight in Paris, 2011). Há algum tempo que um filme não me arrebatava como este. Eu ainda me pego rindo a toa, lembrando de cenas e referências que o filme faz, que não vou citar aqui, para que não seja um "spoiler" para quem não viu ainda o filme.

A trama é romântica/engraçada, sem profundos questionamentos de alma, despretensioso, mesmo. E com um toque de fantasia, já que o personagem principal, em crise com a profissão e com a noiva, volta no tempo, para a Paris da década de 20, e encontra com Hemingway, Scott e Zelda Fitsgerald, Picasso, Gertrude Stein, entre outros.

Na verdade, ele discute a nostalgia, o apego ao passado, sem esquecer de sua adequação a realidade. Para mim, é um tema sensível, pois eu me vejo voltando no tempo e encontrando lugares e pessoas que não existem mais.

O fato das pessoas da época em que ele passeia terem os mesmos anseios e problemas (a percepção de que o tempo passa depressa demais, a insatisfação com o presente que é, para o personagem, o passado desejado) é um lembrete simpático de que o que nos falta é somente perspectiva. Cada tempo pode ser o melhor momento, e na verdade você precisa se distanciar para perceber isso.

É diversão, é cultura, as referências a grandes gênios são fantásticas, o Dalí de Adrien Brody é impagável, os diálogos improváveis do encontro em tempos distintos são geniais. Vale o ingresso. Ah, e dá vontade de ir a Paris imediatamente.

Olha o poster, que lindo:



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27 junho, 2011

Segunda feira

O que têm as segundas feiras que nos trazem um cansaço antecipado, mas também uma sensação de recomeço,  de necessidade de iniciar?

Na segunda, começamos regimes que terminam na terça, prometemos fazer toda a nossa lista de tarefas que aumenta na própria segunda, iniciamos novos cursos, programamos o próximo final de semana.

O que você faz na segunda feira?

24 junho, 2011

Sonhos

Hoje eu tive um sonho muito estranho (ok, a maioria dos sonhos o é).
Sonhei que recebi um filhote de urso panda pelo correio, como "brinde" de alguma coisa que comprei. Obviamente, veio da China.
Um urso, pelo correio. Eu achei lindo, e coloquei ele para fora da janela do meu apartamento (?) para tirar uma foto, contra o céu! Com uma idéia estúpida dessas, o bichinho fofo caiu, 37 andares (não sei porque, eu moro no 3o.).
Eu fiquei olhando, e ele caía, caía, dava piruetas no ar, e nunca chegava ao chão. Quando chegou, levantou e saiu andando, normalmente!
Ganhei um urso panda imortal, no meu sonho...

21 junho, 2011

Encerrando a viagem à Itália

Eu estou atrasada demais com meu diário de viagem, e aí ele começa a perder o sentido, por que - infelizmente - já voltei para casa há um mês!

O que tenho a dizer é que tudo em relação a viagem foi proveitoso - viajar com uma amiga de décadas e que, há décadas não viajávamos juntas, conhecer a pátria de meus ancestrais, ver obras de arte inacreditáveis (aquelas que achamos que só existem nos livros), repensar a minha vida (toda e qualquer viagem ajuda), comer e beber MUITO bem, fotografar muito... Enfim, foi muito bom.

Os 3 últimos dias da viagem foram usados para visitar os museus de Florença (quem sou eu para descrever Uffizi, Bargello, Accademia, Boboli?) fazer um rápido tour de um dia por Siena, San Gimignano e Pisa, e passar uma noite inteira no aeroporto de Fiumicino (não recomendo, está entre os piores do mundo para esta finalidade, e é).

Não vou descrever estes passeios em detalhe, mas estou preparando um post para publicar em seguida, em que resumo minhas "dicas", com os respectivos links: lugares em que fiquei, comi, e visitei durante toda a viagem.

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17 junho, 2011

E continuando em Firenze...

16.05.2011
Eu continuo sem saber o que falar.

Olha o tom da Ponte Vecchio ao Por do sol:

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Precisa de palavras?

Depois, um jantar agradável, ainda curtindo essa luz de final de dia (as 20h), no Ristorante Orcagna, em plena Piazza della Signoria.

A sobremesa? Vin Santo e cantuccini, típico da região e d-i-v-i-n-o!

E assim, com poucas palavras, encerro minhas primeiras horas na minha cidade favorita...

16 junho, 2011

Firenze - E a visão clandestina do David

16.05.2011

Florença, ou Firenze para os Italianos, me conquistou de cara.

Cheguei ao Hotel um pouco depois das 15h, deixei minhas coisas e saí para uma caminhada sem um destino definido, para sentir a cidade.

Mesmo sem mapa, não é difícil localizar-se, pois há boa sinalização indicando os pontos essenciais, e as distâncias são pequenas, portanto, fui em direção a Galleria dell'Accademia, onde está o David de Michelangelo.

Era uma segunda feira, e os museus, incluindo a Accademia, estavam fechados, mas eu vi David clandestinamente, quase sem querer.

O prédio da Accademia é acanhado, fica em uma rua estreita, e eu nem percebi que já estava ali, quando dou de cara com uma porta escrito "saída", mas que estava escancarada, e era exatamente o corredor principal do museu, onde fica a área que foi construída especialmente para abrigá-lo, a "Tribuna del David" e lá estava, em mármore e osso: O David de Michelangelo Buonarotti!

Foi uma visão rápida, porque tinha um italiano me olhando de cara feia, já que o Museu não estava aberto, e eu não deveria ficar ali parada na saída...

Voltei depois, com o museu aberto, e realmente me encantei. A impressão é que ele vai sair andando. A vontade de tocar é imensa, porque a minha sensação é de que a estátua seria quente, como nossa pele, e não mármore frio. Os detalhes, a textura, tudo dá vontade pedir que ele 'parle', mesmo, como diz a lenda que Michelangelo fez!

Fica a pergunta: - Porque David estava sem roupa quando derrotou Golias?

15 junho, 2011

Hotel em Firenze

Sabe quando você quer falar de alguém, mas ama muito essa pessoa e fica com medo de não ver os defeitos e exagerar? Entäo, é assim que me sinto em relação a Firenze.

Eu me apaixonei pela cidade, e, quando você ama, não tem isenção suficiente para falar sobre este amor...

Estou há alguns dias ensaiando sobre como começar meu posto sobre a cidade e não consigo, tudo me parece exagerado, mas é como me sinto!

Vamos do começo, vou falar sobre a dica de hotel. Firenze tem centenas de hotéis pequenos, perto do Duomo e, portanto, bem localizados. Isso só faz ficar mais difícil escolher sua estadia lá. Bem, eu parti dos seguintes princípios: localização, preço e comentários no TripAdvisor, e foi assim que cheguei ao Hotel Europa.

Para quem está economizando e não em busca de luxo, recomendo. Hotel limpo, em prédio antigo, mas reformado (em especial os banheiros, que é o que me preocupa em prédio antigos). Serviço atencioso, localização F-A-N-T-Á-S-T-I-C-A.

Dica: a reserva direto no site do Hotel foi 10% mais barata do que via sites que anunciam "garantia do melhor preço"...

Da janela lateral:

Firenze

12 junho, 2011

A bordo do FreciaRossa

Eu amei o nome do trem. O FrecciaRossa é um trem moderno, que atinge 300km por hora.

Por 40 euros, eu fui de Roma a Firenze em 1h35m. O trem "normal" custa 17 euros e leva cerca de 3h30m.

Ambos são confortáveis e para esse trecho, tem vários horários ao longo do dia. Comprei minha passagem direto na Estação Termini, na hora, sem fila, nos terminais de auto-atendimento. Se preferir, dá pra comprar online também no site da Trenitalia.



A viagem é tão tranqüila e bonita que quase dá vontade de pegar o trem mais lento e ficar mais tempo viajando. Mas Firenze me esperava, e eu queria chegar logo...



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11 junho, 2011

Roma di Notte

15.05.2011
Como eu já estava no final de meu quarto dia em Roma, acreditava que não me surpreenderia mais.

Não que encontrar tudo que encontramos em Roma pode ser considerado "normal" ou que eu esteja desmerecendo as coisas maravilhosas que tenho certeza que quando morar aqui, continuarei admirando e fotografando a cada nova luz que incidir.

Não quero que pareça que com parcos quatro dias eu já estava negligenciando a sorte de estar aqui, mas não achava que ainda havia espaço para me "espantar".

Mas aconteceu. Eu havia sido alertada por pessoas que conhecem e por diversos guias que li, que deveríamos ver os monumentos a noite, mas estava pensando em uma Fontana de Trevi como uma reverência à La Dolce Vita e Anita Eckberg (quase impossível imaginar a cena, dada a quantidade de turistas), mas não muito mais que isso.

A verdade é que já estávamos cansadas depois de quatro dias de caminhar, caminhar e caminhar mais um pouco, e depois de retornarmos da Cinecittà, ficamos mais tempo do que o programado "na preguiça", e só saímos de casa novamente depois das 21:30h.

Era uma noite quente de sábado, e Romanos e Turistas, resolveram sair e aproveitar a noite. O clima nas ruas era envolvente. Imagino que em parte, por que o Europeu acostumado a longos e verdadeiros invernos, sabe como ninguém aproveitar um dia ou noite com clima agradável.

Não fomos na direção da Fontana de Trevi, fomos à "Roma Antica", e a visão daquela região a noite é algo que nunca vou esquecer. Não só o Colosseo, mas todas as ruínas na região, e até o "bolo de noiva" ganham uma magia e uma dimensão novas com a bela iluminação noturna que inclui até algumas projeções nas ruínas.

a picture for you

Tinha até lua! Fizemos uma extensa caminhada pela região, e voltamos para "nosso" Campo de Fiori, onde jantamos no 36 Wine Bar (não achei site). Como o nome obriga, tomamos vinho em uma mesinha ao ar livre na Piazza, e ficamos olhando a animação dos Romanos em uma noite quente de sábado (ok, os romanos e os turistas). Ainda teve um gelatto de final de noite. Perfeita!

Não achei que fosse possível, mas me apaixonei por Roma. De novo.

Mais fotos, no Flickr.



JPG Hoteis 250x250


09 junho, 2011

Cinecittà Si Mostra - Shows Off

14.05.2011
Essa foi imbatível. Qual não foi minha surpresa ao ler em um site, quando eu já estava em Roma, que a Cinecittà há apenas 10 dias havia aberto "per la prima volta" seus estúdios para visitação! Sendo uma amante da sétima arte, esse passou a ser, para mim, um obrigatório em Roma. A exposição tem o nome do título do meu post: Cinecittà Si Mostra.
Chegar aos Estúdios é muito fácil. É longe, afastado do centro, mas tem uma estação de metrô que sai literalmente na porta, a estação tem o nome óbvio de: Cinecittà! Impossível errar. Suba a escada e veja isso:

Não faz sua pulsação acelerar? Ah, não? Então sou só eu, mas para mim foi emocionante chegar às portas da "Fábrica de Sonhos" onde trabalharam Fellini, Coppola, Scorsese, Roberto Rossellini, Luchino Visconti, Bernardo Bertolucci! Melhor que chegar às portas, entrar!

A área que está aberta ao público para visitação inclui dois espaços de exposição com figurinos, cenários, fotos de produções como Cleópatra, Gladiador, La Dolce Vita. Um espaço de projeção em que podemos ver trabalhos de pós produção, um filme dos anos 50 sobre a escola de cinema, com os testes de Sophia Loren para a escola, por exemplo. Há também um espaço para crianças que não visitamos.
Além desses espaços de exposição, estão abertos à visitação os cenários utilizados para filmar Gangs of New York e um enorme cenário que retrata Roma Imperial que foi utilizado para o seriado "Roma" da HBO, e para outras produções menores e comerciais.


É uma experiência única, ainda mais considerando que a Cinecittà comemora 74 anos este ano, e nunca havia aberto seus estúdios para visitação anteriormente. A exposição fica aberta até 30 de novembro. Para quem se interessar, e tiver planos de ir a Roma neste período, eu recomendo. Entre ir, ver tudo e voltar, usamos cerca de 4 horas. Os ingressos custam 10 Euros e podem ser comprados lá na bilheteria, na hora. Não tem fila, não tem aglomeração, e ainda tem lindos jardins com sofás e bancos para descansarmos na sombra antes de ir embora, e aproveitar um pouquinho mais a atmosfera cinematográfica.

Mais fotos, na galeria do site oficial. Ou mais minhas no FLICKR.

Recomendo! 

08 junho, 2011

Ir a Roma e ver o Papa. Ou não.


13.05.2011
Ok, fui ao Vaticano, mas não vi o Papa. E talvez quando voltar a Roma, deixe o Vaticano para "se der tempo".

Nada contra. As construções são tão impressionantes quanto tudo o mais em Roma, e o acervo do Museu do Vaticano é fantástico, mas é tanta gente, que você perde um pouco da vontade.

A capela Sistina, por exemplo. Deveria ser um local de contemplação, seja pelo foco religioso, seja pelo artístico, certo? Eu imaginava um local sereno, onde passaria algum tempo contemplando os afrescos. No lugar disso, fui empurrada durante todo o trajeto pelas centenas de pessoas presentes, os guardas italianos faziam sssshhhh para pedir silêncio (o que na verdade não ajuda em nada e ainda faz mais barulho) e gritavam "no photo" inutilmente, pois os flashs disparavam sem parar... É linda, mas eu queria um pouco mais de tempo, tranqüilidade e respeito para aproveita-la...

Aconselho fazer reserva de ingresso pela internet, as filas são impossíveis, tem que ter muita paciência e saúde para aguentar. Site oficial para reservas: Musei Vaticani. A reserva pela internet funcionou perfeitamente. Não foi necessário ficar na fila, entramos direto no horário agendado. Recomendo muito pagar os 4 euros extras pela reserva, que fizemos na noite anterior pela internet, sem problemas.

Dali, andamos, andamos, andamos, andamos, pela Via dela Conciliazione até o Museu do Castel Sant'Angelo, outro imperdível. Pela história, pela vista, pelo acervo.

O Castelo é uma construção cilíndrica, enorme, em frente a Ponte Sant'Angelo, na "saída" da Cidade do Vaticano. Ele foi construído por Adriano para servir como seu mausoléu, depois foi usado pelos Papas como moradia e fortaleza, e hoje é um Museu. Não precisa de reserva e não tem muvuca!

Adriano, aliás, onipresente pela cidade toda, seja por obras comissionadas por ele, seja por bustos, estátuas, (dele, do Pai Trajano, da Mãe, do "filho adotivo"). Esse Adriano era "o" Imperador. Megalomania que dura milênios...



Depois dali, continuamos andando... (já contei que tive que comprar um chinelo nesse dia, de tanto que meu pé doía? Mas aqui, já estava feliz em meu chinelo e pude andar mais). Andamos tanto que descobrimos que dava para ir a pé de nosso apartamento para o Vaticano (havíamos ido de ônibus). Realmente, a localização da Residenza Campo de Fiori é imbatível!

Ficamos por ali mesmo, a noite (no Campo de Fiori), sentamos em um restaurante, bebemos, comemos, recuperamos as energias do dia.

Mais um delicioso dia em Roma encerrado...

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07 junho, 2011

Terme di Caracalla, Musei Capitolini e Altare della Patria

12.05.2011
Dia cheio, como se vê pelo título do post.

Começamos o dia no Archeobus, que nos levou até o complexo arqueológico das Thermas de Caracalla. Esse complexo não consta dos locais obrigatórios a conhecer em Roma. Mas é. Obrigatório.

O local era uma academia / clube, que o Imperador Caracalla contruiu pra população ter onde tomar banho. Eram composta por uma piscina externa, e mais 3 "banhos" (natural, quente e gelado), que permitiam que em média 6.000 romanos se banhassem ao mesmo tempo. Além disso, o complexo tinha academia de ginástica e biblioteca, tudo público. Ficaram ativas até o século VI d.c., quando foi atacado pelos Ostrogodos, que cortaram o fornecimento de água da cidade.

Você fica ali, no meio daquela estrutura destruída, imaginando como era quando ativo. Os mosaicos, a grandiosidade da estrutura, são impressionantes. Vale o tour, reserve duas horas, pelo menos, de sua visita a Roma, para as Terme di Caracalla.


Depois das Thermas, subimos novamente no Archeobus, fizemos uma nova "panorâmica" das Catacumbas, Via Appia, Porta San Sebastiana, e de volta a Piazza Venezia, onde fomos ao Musei Capitolini, que fica em uma Piazza desenhada por Michelangelo, no alto do Morro Capitolio.

O Musei tem um acervo fantástico, e a estátua mais conhecida da famosa "Lupa" amamentando Romulo e Remo está aqui. Localização e acervo valem a pena.

Após a visita ao museu, subimos pela lateral da Piazza para o Terraço na parte de trás do "Altare della Patria", o famoso bolo de noiva de Roma, o monumento gigantesco e branco, que é visto de vários lugares da cidade. Ali, sentamos em um café com uma vista fantástica, para almoçarmos e descansarmos um pouco.

Em seguida, subimos com o Elevador Panorâmico, até o topo do monumento, onde há uma vista excepcional de Roma. Outro obrigatório, apesar de caro. $7 euros para subir de elevador...


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O Jantar do dia foi no "Fratelli La Bufala", um ristorante / pizzaria ótimo, vinho ótimo. E pertinho de "casa".

E mais um dia de Roma se foi.

Via Appia Antica

11.05.2011
Esse dia foi muito divertido. E diferente.

Resolvemos pegar um Archeobus, um dos ônibus turísticos de Roma, você paga uma taxa e pode subir e descer do ônibus em qualquer ponto, durante 48 horas. Como o nome indica, o Archeobus sai do Centro Storico e leva aos pontos arqueológicos: Colosseo e Foro Romano, Thermas de Caracalla, Porta San Sebastiana, Via Appia... Informações sobre o ônibus na operadora Trambus Open, que também gerencia o OPEN110, que faz o centro storico no mesmo esquema (aparentemente é a melhor opção de onibus turístico, é o que você mais vê circulando, porntanto, não espera muito no ponto).

Enfim, fomos direto ao Parco Dell'Appia Antica.

A Via Appia é a estrada mais antiga de Roma, datando aproximadamente de 312 a.c. Foi ao longo dela que os seguidores de Spartacus foram crucificados, e provavelmente por ali São Pedro fugia de Roma quando encontrou-se com Jesus. Todas as estradas levam a Roma, e a Appia leva há muito tempo.

Você passa por aquela estrada estreita, calçada com pedras que estão ali há mais de dois mil anos, presenciando toda a história passar.... E ao longo das margens ruínas, tumbas, museus, e uma paisagem linda...

Quando chegamos lá, ficamos em dúvida sobre como conhecer o local. O parque é extenso, são 16 km só de Via Appia Antica. Optamos por alugar bicicletas. Uma volta ao nosso passado, pois durante anos, na adolescência, era nosso meio de locomoção para todos os lados.

E foi um passeio muito bonito, recomendo para quem acha que consegue pedalar uns 15, 20 km, pois, dessa forma, é possível cobrir uma parte maior do parque, que não teríamos feito a pé. Nos perdemos um pouco pelo Vale della Cafarella, mas era tão lindo, que não chegou a ser um problema.

Terminamos o dia exaustas, mas felizes.

Aproveitamos para encerrar com uma refeição mediterrânea (azeitonas, tomates, morangos, queijos, pão e vinho) em casa mesmo, no delicioso "roof top terrace" que o apartamento tem.

06 junho, 2011

Dicas do primeiro e segundo dias na Italia

09 e 10.05.2011
Impressão sobre o ótimo apartamento que alugamos:
Residenza Campo de Fiori - Esse apartamento tem uma localização privilegiada, em uma rua / beco tão típico em Roma, e completamente seguro, caminhávamos a noite pela região sem problemas. O apartamento foi recentemente renovado, prédio antigo, obviamente, mas as instalações muito modernas. Preço justo para o aluguel da semana. Ótima opção, e os responsáveis pelo "check-in" foram muito atenciosos e corretos durante toda nossa estadia. Para quem quiser conferir, eles têm página no Facebook também: Residenza Campo de Fiori.

Fomos ao supermercado Despar, que fica ali pertinho, para uns itens básicos de café da manhã e vinhos, claro. Incrível comprar os "vinhos nacionais"...

Jantamos em um restaurante perto do apartamento, no Campo de Fiori, mas não me lembro o nome. Comemos uma pizza bem ao estilo italiano (massa fininha, crocante e sem muita cobertura, só molho de tomate e mozzarella de bufala - deliciosa, e um bicchieri de vino da casa).

O almoço do segundo dia, eu postei na descrição do dia.

O jantar foi no Baccanale, um bar / ristorante na Piazza, como deve ser em Roma. Este, fica no Campo de Fiori, nossa melhor opção de localização para o jantar, pois ficava perto de casa e facilitava o retorno.

Vinho da casa bom, barato. A massa ótima. O serviço... bem, estamos na Italia. O nosso cameriere estava mais preocupado em paquerar quem passava pela Piazza do que em nos servir, mas você está em férias, passeando, feliz, não se estressa por tão pouco, né? (Eu não)...


23 maio, 2011

Diário de Bordo

10.05.2011
Na verdade, só estou a bordo de minha mente fértil, e no berço do Império que influenciou a história de grande parte da civilização… Ah, Roma…
O programa do dia era andar pelo "Centro Storico". Como nosso apartamento ficava no Campo dei Fiori, isso era fácil. Resolvemos começar pelo Pantheon. A boa parte foi descobrir que se seguíssemos uma rua a esquerda, após sairmos da Piazza onde fica nossa casa em Roma, em poucas quadras estaríamos lá! Quão incrível é podermos dizer que "se virarmos aqui, chegamos ao Pantheon" ?…. Amazing…
Enfim, assim foi. Após uma caminhada curta, saímos nos fundos de uma "construção velha" que era ele mesmo:

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Andar por Roma é uma surpresa a cada momento. A cidade, na parte central, tem uma surpresa a cada curva, beco, esquina. Construções antigas, Sacadinhas típicas, pedaços de construções mais antigas, aparecendo em fachadas “renovadas” há dois séculos atrás, e as colunas, que "brotam" em lugares insuspeitos.
A primeira parte do nosso dia foi nos perdermos por esses caminhos, encontrando lugares belos e cinematográficos. Piazza Navona, Fontana di Trevi, Chiesas e mais chiesas ( difícil gravar o nome de todas as igrejas por que passamos), Piazza di Spagna e sua escadaria… Finalizamos nossa manhã por volta das 14h, com um copo de prosecco e um belo piato de pasta com legumes, no Tre Tartuffi na Piazza Navona.
Dali, tomamos a decisão de pegar um ônibus (free, graças a nosso recém adquirido Roma Pass), e voltarmos uns 1500 anos no tempo – sim, o Colosseo! Que aliás, já tínhamos “casualmente” visto no caminho do Aeroporto para nosso apartamento.
Acho que essa é uma imagem que, qualquer pessoa que pensa em Roma traz a mente. E não vou falar muito dele, porque é difícil. A primeira sensação é de "eu não acredito que estou aqui". A segunda é: "Eu preciso estudar mais história", porque a vontade é de entender melhor, relembrar, saber tudo que aconteceu ali, porque você se sente testemunha da História, e quer saber qual é a história ;-).

Mas não para aí. A imagem básica dessa região é o Colosseo, mas na verdade, ele está no centro de uma região chamada de "Roma Antica", cortada pela Via dei Fori Imperiale, onde além do Colosseo, podemos visitar o Foro Romano e o Palatino, é muita história, muitas ruínas, escavações em andamento... Incrível, inspirador, emocionante.

Eu fui para a Italia

É isso. Eu comecei a escrever algumas coisas enquanto estava lá, fiz alguns rascunhos, mas agora vou registrar passo a passo a minha viagem. Meu objetivo?
Bem, pode conter algumas dicas para quem vai, pode divertir quem não vai, pode matar a curiosidade dos amigos que querem saber o que fiz nesses dias.
Mas meu verdadeiro objetivo é somente fazer meu relato, e guardar essas lembranças aqui.

Eu fui para a Italia.

É a terra de meus bisavós. Todos eles. Minha linhagem materna e paterna é toda italiana. Porque eles não se encontraram lá mesmo e criaram a nossa família, eu não entendo, mas veio TODO MUNDO de lá. Enfim...

Eu sempre quis fazer esta viagem, mas circunstâncias que não vem ao caso agora, me impediram de fazê-la, seguidas vezes, a ponto de eu achar que, por algum motivo, nunca iria conseguir realmente efetivar a viagem. A ponto de estar nervosa como se fosse a primeira viagem que eu fizesse na minha vida. Enfim, against all odds, eu fui.

Vou colocar links para os lugares, restaurantes e hotéis, com minhas opiniões pessoais, para quem se interessar.

09 maio, 2011

Mudando o foco

Vou organizar aqui as anotações da ultima viagem que fiz, para quem se interessar.


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21 abril, 2011

Música

Isso tem feito a diferença de novo. Durante meus anos perdidos, eu não conseguia nem mesmo aproveitar música adequadamente.

Era necessário estar de bom humor para conseguir ouvir música, o que é a essência da depressão, porque, na verdade a música é o bom humor, o caminho para o deleite, o "spirit lift" que precisamos.

Sempre foi assim, mas não era mais. Recentemente, muito recente mesmo, eu resgatei isso. Estou redescobrindo as musicas que amava, descobrindo novas músicas e artistas.

Eu sempre fui musical, eu estudei música, eu tive a típica adolescência de colecionar pôsteres de bandas e músicos, e me apaixonar por eles. Ir a todos os shows para os quais conseguia alvará parental, enfim.

A música teve vários papéis na minha vida: estudo e aprendizado de música, de inglês, e mesmo de poesia. Ouvindo aprendi muito.

E estamos refazendo nosso caminho, eu e a música.

Essa semana fui ao show do U2, o que foi uma grande parte dessa retomada. Acredito que a ultima vez em que fui a um show de música por amor, foi nos anos 90. Estive em outros, mas não pelos motivos certos. Agora, sim.

Música.


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19 abril, 2011

Humanidade

"É preciso, apesar de tudo, acreditar no Homem". Lembro de ter lido isso em algum lugar, há muito tempo. Na época, me tocou, mas eu não entendia direito ainda porque isso poderia ser tão difícil.

Eu não tinha mais do que 15 anos, e ainda não entendia todos os absurdos de que o Ser humano é capaz. Meu tempo de exposição à Humanidade ainda era pouco.

É fácil sentir revolta, desgosto, mas qual deve ser o papel de cada um de nós? O que EU posso fazer?




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17 abril, 2011

Música

Isso tem feito a diferença de novo. Durante meus anos perdidos, eu não conseguia nem mesmo aproveitar música adequadamente.

Era necessário estar de bom humor para conseguir ouvir música, o que é a essência da depressão, porque, na verdade a música é o bom humor, o caminho para o deleite, o "spirit lift" que precisamos.

Sempre foi assim, mas não era mais. Recentemente, muito recente mesmo, eu resgatei isso. Estou redescobrindo as musicas que amava, descobrindo novas músicas e artistas.

Eu sempre fui musical, eu estudei música, eu tive a típica adolescência de colecionar pôsteres de bandas e músicos, e me apaixonar por eles. Ir a todos os shows para os quais conseguia alvará parental, enfim.

A música teve vários papéis na minha vida: estudo e aprendizado de música, de inglês, e mesmo de poesia. Ouvindo aprendi muito.

E estamos refazendo nosso caminho, eu e a música.

Essa semana fui ao show do U2, o que foi uma grande parte dessa retomada. Acredito que a ultima vez em que fui a um show de música por amor, foi nos anos 90. Estive em outros, mas não pelos motivos certos. Agora, sim.

Música.

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...

E minha vida mudou tanto, são tantas coisas (e nada) acontecendo, que fica difícil entender e acompanhar.
Ou seria processar? Anyway, pretendo escrever, escrever, a toa, com propósito, não sei. Sinto que dessa forma vou fazer o que é necessário, de uma forma ou outra.




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Practice

Ano passado, durante a FLIP, tive oportunidade de ouvir muitos autores.
Mais de um disse que, para escrever, é preciso... Escrever. A pratica é muito importante para o ofício do escritor.

Aparentemente, é preciso escrever muito, sempre, para chegar a escrever direito.

Um ano depois, finalmente resolvi tentar essa dica. Tão simples e tão repetida.




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16 abril, 2011

Então

Cá estou.

Novo blog, nova fase da vida. Apagando o passando?
Não, na verdade, voltando a ser quem eu era (hence, o nome do blog...)
Recentemente cheguei a conclusão que há MUITOS anos não sou eu mesma. Tenho um longo caminho a percorrer para voltar a ser, e esse blog é parte desse caminho.

Olá!

The Art of Asking - A book review, or something like that

I wrote this review to Amanda Palmers book years ago, when it was published, but I don’t think I ever posted it anywhere. Also, it is not a ...