- Eu era a princesa, você o príncipe.
- Não, eu sou o dragão.
E saiu, fazendo caretas e barulhos estranhos.
O tamanho de sua frustração seria engraçado, não fosse tão real.
E aí, me coloquei a pensar que ainda precisamos prepara-la para os muitos príncipes que na verdade, só querem ser dragões.
E não, não estou falando de relacionamentos e as expectativas frustradas que ela ainda vai ter que enfrentar, mas de todas as situações. Existem namorados dragões, mas também existem chefes dragões, amigos, professores e ocasiões dragões, que não acontecem do jeito que esperamos.
Quanto mais príncipes esperamos, mais dragões para enfrentar nos aparecem pela frente. E não podemos ser princesas indefesas. Na brincadeira deles, não havia príncipe para enfrentar o dragão, era ela mesma, frente a frente com o perigo.
E não é assim na vida? O único conselho que eu poderei dar, é que ela não espere pelos príncipes.
Se não temos expectativas, as pessoas e situações que enfrentamos simplesmente não podem nos decepcionar. Trabalhar o mais próximo possível da realidade.
É difícil, e meu primeiro instinto é proteger minha sobrinha linda de qualquer decepção e obrigar os dragões a agirem como príncipes, mas eu já aprendi que não pode ser assim e que os dragões que enfrentamos nos fazem mais fortes, ela terá que enfrentar os dela.
Vou ali polir meu escudo e lança, e já volto.
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